quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Opinião: Delirium de Lauren Oliver

    

     Olá :) Hoje venho falar-vos do Delirium, de Lauren Oliver. Este livro é uma distopia, onde o amor é visto como uma doença e aos 18 anos toda a gente é curada. Nesta sociedade o amor é a causa de todos os problemas, guerras... Os que ainda não estão curados vivem aterrorizados com a possibilidade de serem infetados e contam os dias até serem livres, até terem uma vida livre de desgosto e dor.

      Eu gostei muito deste livro, fez-me pensar em certas coisas e como o amor nas suas diferentes formas afeta tudo o que fazemos. É triste pensar nas pessoas que são curadas, porque tudo aquilo de que gostavam antes da cura, tudo aquilo porque se interessavam pode deixar de ter importância na sua vida. Estas pessoas deixam de ter sentimentos fortes pelo que quer que seja, pela sua família, o seu trabalho, o esposo/a... Existem casos de crianças que morrem ou são espancadas pelos pais, porque estes simplesmente não compreendem os filhos. Os adultos apenas se lembram de um tempo em que eram infelizes e constantemente relembram isso ás crianças. Toda a vida após a cura é decidida pelo governo. As pessoas fazem testes, nestes é-lhes atribuída uma pontuação. De acordo com a pontuação é definido qual será o seu trabalho, quem será o seu parceiro, o que vão estudar na escola, onde vão viver, etc...


     Gostei bastante do facto de o livro se centrar na construção deste mundo e de fazer perceber como funciona a mente das pessoas que nele vivem, curados e não curados. Foca-se também na história de amor, como é natural. A personagem principal, a Lena estava ansiosa em ser curada até que mudou de ideias e fez de tudo para fugir das normas pelas quais o país é regido. Existiram alguns clichés no que toca ao romance. Na minha opinião, a Lena é uma personagem que nada tem de especial, apenas vive num mundo diferente e vive uma história de amor. Esta história tanto podia ser dela como de outra pessoa qualquer, no entanto não é por isso que é menos boa. O Alex é o rapaz que mostra a Lena todas as possibilidades que o mundo tem e que a cura afinal não é o final feliz que todos pensam que é. Um dos clichés que se repetiu um pouco ao longo do livro foi a rapariga em apuros e o rapaz que a vem salvar. Chegou a um ponto que ficou fácil de prever certas coisas. A Hana, a melhor amiga da Lena diz uma das coisas mais importantes para mim: "Sabes que não podes ser feliz a menos que sejas infeliz algumas vezes, certo?"

     No fim, houve algumas coisas completamente inesperadas e com as quais fiquei bastante surpreendida. Na minha opinião, este não é um livro para toda a gente, pois é um livro bastante parado e há pessoas que gostam de ação a toda a hora e no grande esquema das coisas este é um livro que é mais construção do mundo, da sociedade e das personagens. Eu aprecio bastante isso nos livros! adoro narrativas cheias de ação, mas nem sempre tem de ser assim. O final acaba por ter mais ação e reviravoltas. Foi aqui que fiquei com vontade de continuar a trilogia e estou super entusiasmada! :)

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